quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Pensamentos - Dias 04, 05 e 06 de Janeiro de 2011

04 de Janeiro de 2011

Do nada me veio a mente a idéia de escrever meus pensamentos diários.

Monólogos, por assim dizer...

Para quê? Eu me pergunto.

Se fosse transcrever para o papel todos os pensamentos que tenho durante um dia, fatalmente nada mais faria. E o pior poderia acontecer: reler o que escrevi e concretizar o insistente desejo que a anos carrego no peito, de dar fim a tão mísera existência.

Irônica como a vida é. Dos momentos mais importantes desta – o seu inicio (nascimento) ao seu fim (morte) – tudo que importa é o que fazemos entre esses dois momentos.

Mas o que fazemos quando após um quarto de século de existência, nada fizemos, nada concretizamos, nada marcamos?

Percebo como a vida é... e não sei o que sentir...

Após 7 dias afastado dos meios de comunicação que mais utilizo, quando regresso, aguardando por mensagens de saudades, de felicitações, sinais positivos de que a vida ainda vale a pena... mais uma vez, me decepciono comigo mesmo por esperar tais coisas. E sinto raiva e pena de mim, por não prever que depois de quase 25 anos de existência, ainda não percebi o quão tolo e ingênuo sou.

Em todos esses anos, não sei o que é pior: a insatisfação por uma vida vazia, sem sentido e triste, ou o amargor de um coração infantil e masoquista, que parece rejubilar-se com as desilusões a que se submete.

Repito: Irônica como a vida é...

05 de Janeiro de 2011

Solidão...

Nascemos sozinhos... morremos sozinho...

E neste meio tempo, entre o nascer e o morrer, encontramos pessoas que suprem um pouco desta eterna solidão. Sejam familiares, amigos ou paixões. O amor é sempre latente.

Mas o que fazer quando parece não se acreditar mais neste sentimento?

O que fazer quando percebemos que o único amor que pode existir, é o fraterno?

Particularmente, estou perdendo a fé no amor.

Fico triste em perceber que por mais que o mundo esteja repleto de oportunidades para se aventurar nas idas e vindas do amor, sinto que perdi o fôlego para tal.

De eterno romântico a cético do amor, perdi o desejo de amar.

Sempre fui um defensor do amor.

Exaltava-o com palavras sinceras e apaixonadas.

Cânticos as mulheres amadas...

Sonetos e versos de amor...

A um quadro que pintei de alguém que seria ideal...

Mas no final...

A imagem sem rosto da amada só me faz mal.

Imaginar alguém que de fato jamais será real, desperta em mim a melancolia dos poetas passados, frente a perda da amada.

Pode parecer até presunção de minha parte comparar-me a grandes nomes da literatura, mas acredite, quando você aprende a viver com as dores que o amor pode causar, você passa a compreender melhor o que aquelas palavras querem dizer...

Algumas pessoas me vêem como um bom amigo. Outras como um bom ouvinte. Bem, não sei ao certo. Mas algo que me incomoda é o fato de muitas delas me subestimarem. Confidenciam-me coisa ou simplesmente deixam escapar coisas que, geralmente, passam despercebidas para todos os demais, entretanto, para mim não. Acabo sabendo demais e fazendo jus a confiança que confiaram em minha pessoa.

E de repente, você passa a enxergar um novo sentido no amor. Um sentido negativo nele. Cria-se uma percepção de valores em relacionamentos que não despertam qualquer interesse em viver um novo amor. Pequenos fragmentos de ações alheias, de pessoas que “juram” amar seus parceiros, mas suas ações muitas vezes, consciente ou inconscientemente, acabam demonstrando algo contrario ao sentimento que “juram” sentir.

Bom, não sei...

A vida é repleta de ironias.

E a minha não é nada diferente.

06 de Janeiro 2011

Rotina...

O fim de tudo!!

A monotonia do dia a dia acaba com qualquer relacionamento...

Até mesmo o pessoal.

Acordar todos os dias no mesmo horária, fazer automaticamente todas as nossas obrigações matinais, ir ao trabalho e por oito horas inteiras realizar as mesmas funções, voltar para casa, tomar um banho, jantar, assistir o jornal e um ou outro programa, deitar e dormir. Para no dia seguinte começar tudo outra vez.

Fatalmente, nos acostumamos com esse cotidiano “ameno”, pela simples comodidade. É muito mais fácil viver desta rotina, sem grandes emoções, assim evitam-se surpresas desagradáveis.

Mas... a troco de que!?

Vivemos hoje num comodismo que deteriora nossa vida, e conforme o tempo passa, de forma mais rápida.

Somos arrastados para uma vida sedentária que nos transforma em pessoas/máquinas.

Quando nos adaptamos a rotinas cotidianas (seja qualquer for ela – academia, trabalho, escola/faculdade, relacionamento, etc), nos prendemos de tal forma a uma vida sem perspectivas.

E não venham me falar que nas ultimas férias você fez algo excêntrico. A partir do momento que nascemos, fomos condicionados a viver nesta rotina.

Não há escapatórias. Não soluções nem formulas mágicas.

Seremos eternamente escravos do tempo e de suas correntes invisíveis, que nos prendem a realidade limitada da qual fazemos parte e nada podemos fazer para mudar isso.

Entretanto...

Não... não há soluções.

Tudo que pode-se fazer é aceitar o fato de que a vida é uma eterna rotina.

Não existe destino. Não há livros da vida. Não vivemos coincidências.

Tudo que vivemos é conseqüência de nossas ações.

E como para cada ação há uma reação, essa é a realidade.

E ao menos que comecemos a vivê-la de forma menos “rotineira”, seremos eternamente prisioneiros de nossas próprias prisões.

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